Não Floresceu De Forma Espontânea

Temos falado neste local da irrupção revolucionária de AlphaZero no universo do xadrez e da inteligência artificial. De tudo o que foi visto e lido, cabe acentuar o número 132 da revista “Peão do Rei”, que inclui um trabalhado e brilhante artigo de Miguel Illescas. Jerry Kaplan tratava de acalmar nossos temores no livro “Inteligência artificial. O que todo mundo deve saber”, editado por Teell, porém após ver o surpreendente documentário de Kohs o espectador sente uma mistura de alívio e amargura.

Alívio visto que mesmo que a máquina aprende por si mesma, a intervenção humana ainda é necessária. Ou isto nos faz acreditar, na sua complexa perversidade. O método é simples pela teoria. Alpha Go (e, logo após, AlphaZero) fagocita bases de fatos com centenas de milhares de partidas magistrais e, uma vez assimilado o que oferece de si, a inteligência humana, jogue, logo depois, contra si mesmo, numerosas vezes, pra depurar o teu modo.

Em determinado momento, contudo, os programadores detectam um ponto fraco e trabalham contra o relógio para minimizar o súbito calcanhar de aquiles. O problema é que nenhum deles joga tão tal como para avaliar com correção o jogo de tua criatura.

alguns São como os pais, os campeonatos de xadrez, que criticam as jogadas de seus filhos, mesmo que estes lhes tirem duzentos pontos de Elo ou mais. O horror também é tateável. Alpha Go exerce movimentos que não entendem nem os mais queridos jogadores do universo.

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Os especialistas encontram que, algumas vezes, que se localizam diante de um erro, que o monstro “ficou louco”. Pouco a insuficiente, um manto de humildade cobre a sala. Em sua magnanimidade autoaprendida, ou por qualquer outro motivo momento inexplicável, Alpha Go prefere obter por mínima que cobrir a vítima com indignação, como até de imediato faziam as máquinas. Sentíamos terror para estes Terminators, mas o justificado perigo vem da que tenta nos assustar. Já sabem, “o superior truque do Diabo foi fazer acreditar que não existia”.

Outro dado essencial para dominar o desenvolvimento de Deep Mind e seus programas jogadores é que, apesar de todos falamos que aprende cada atividade em 4 horas, estamos diante de um código que leva vinte anos em pousio. Não floresceu de modo espontânea.

o documentário, vê-se o importante trabalho que há por trás. O talento só se descobre, mas é evidente. O gênio por trás da máquina é (a) eduardo Hassabis, fundador e responsável máximo da corporação DeepMind, comprada pelo Google em 2014 por uma ninharia perto de 500 milhões de dólares.

O documentário não conta, no entanto Hassabis é um personagem, um jogador polivalente e único, que conquistou 27 medalhas de ouro, 13 de prata e nove de bronze nos jogos Olímpicos de Jogos Mentais. Neste link, você pode acompanhar todos os jogos que domina.

No xadrez só obteve quatro medalhas. Abandondó esse jogo aos 14 anos, quando estava entre os melhores do mundo de sua idade. Visto em retrospectiva, podes ser uma boa decisão. Em uma de suas conferências, Hassabis explica que um dos primeiros desafios que lhe foram levantadas seu brinquedo era o clássico jogo do muro de tijolos e a bola (breakout).

No início você começa a jogar, sem sequer explicar os regulamentos, no entanto estas são tão acessível que você vai entendendo. Depois de uma centena de jogos ainda é um pacote, porém pelo menos compreende o que precisa fazer. Após mais de 300 agora tem um nível humano e, depois de 500 descubra um mecanismo sublime que nenhum dos programadores sabia que existia. É expressar, em poucas horas, passou de não saber nada pra ceder ao luxo de conceder aulas numa matéria em que nunca teve um professor.